sábado, 2 de maio de 2020

O Papa: Deus ajude os governantes, sejam unidos nos momentos de crise para o bem dos povos

O Papa: Deus ajude os governantes, sejam unidos nos momentos de crise para o bem dos povos

Na Missa este sábado (02/05) na Casa Santa Marta, no Vaticano, o Papa rezou pelos governantes que têm a responsabilidade de cuidar dos povos. Na homilia, afirmou que nos momentos de crise é preciso ser muito firmes e perseverantes na convicção de fé, não é o momento de fazer mudanças: Que o Senhor nos envie o Espírito Santo para sermos fiéis e nos dê a força de não vender a fé
VATICAN NEWS
Francisco presidiu a Missa na Casa Santa Marta, no Vaticano, na manhã deste sábado da III Semana da Páscoa. Na introdução, o Papa dirigiu seu pensamento aos governantes:
Rezemos hoje pelos governantes, que têm a responsabilidade de cuidar de seus povos nestes momentos de crise: chefes de Estado, chefes de governo, legisladores, prefeitos, governadores… Para que os Senhor os ajude e lhes dê força, porque o trabalho deles não é fácil. E quando houver diferenças entre eles, entendam que, nos momentos de crise, devem ser muito unidos para o bem do povo, porque a unidade é superior ao conflito.
Hoje, sábado, 2 de maio, se unem a nós em oração 300 grupos de oração que se chamam os “madrugadores”, em espanhol, isto é, os matineiros: aqueles que se levantam cedo para rezar, madrugam, propriamente para rezar. Eles se unem a nós hoje, neste momento.

Na homilia, o Papa comentou as leituras do dia, a partir da passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos (At 9,31-42) que conta como a primeira comunidade cristã se consolidava e, com o conforto do Espírito Santo, crescia em número. Em seguida, traz dois eventos tendo Pedro ao centro: a cura de um paralítico em Lida e a ressurreição de uma discípula chamada Tabita. A Igreja – afirmou o Papa – cresce nos momentos de conforto. Mas há tempos difíceis, de perseguições, tempos de crises que colocam os fiéis em dificuldade. Como diz o Evangelho do Dia (Jo 6,60-69) em que, após o discurso sobre o pão vivo descido do céu, a carne e o sangue de Cristo que dá a vida eterna, muitos discípulos abandonam Jesus dizendo que a sua palavra é dura. Jesus sabia que os discípulos murmuravam e nesta crise recorda que ninguém pode vir a Ele se o Pai não o atrai. O momento de crise é um momento de escolha que nos coloca diante das decisões que devemos tomar. Também esta pandemia é um momento de crise. No Evangelho Jesus pergunta aos Doze se também eles querem ir embora e Pedro responde: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”. Pedro confessa que Jesus é o Filho de Deus. Pedro não entende aquilo que Jesus diz, comer a carne e beber o sangue, mas confia. Que isso – prosseguiu Francisco – nos ajude a viver os momentos de crise. Nos momentos de crise é preciso ser muito firmes na convicção de fé: há perseverança, não é o momento de fazer mudanças, é o momento da fidelidade e da conversão. Nós cristãos devemos aprender a administrar tanto os momentos de paz quanto os de crise. Que o Senhor – foi a oração conclusiva do Papa – nos envie o Espírito Santo para resistirmos às tentações nos momentos de crise e sermos fiéis, com a esperança de depois viver momentos de paz, e nos dê a força de não vender a fé.
A seguir, o texto da homilia transcrita pelo Vatican News:
A primeira Leitura tem início: “Naqueles dias, a Igreja, vivia em paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria. Ela consolidava-se e progredia no temor do Senhor e crescia em número com a ajuda do Espírito Santo”. Tempo de paz. E a Igreja cresce. A Igreja está tranquila, tem o conforto do Espírito Santo, está em consolação. Os bons tempos… Depois segue a cura de Enéias, depois Pedro ressuscita Gazela, Tabita… coisas que se fazem em paz.
Mas há tempos não de paz, na Igreja primitiva: tempos de perseguições, tempos difíceis, tempos que colocam os fiéis em crise. Tempos de crise. E um tempo de crise é o que o Evangelho de João nos conta hoje. Essa passagem do Evangelho é o final de toda uma sequência que teve início com a multiplicação dos pães, quando queriam fazer Jesus rei, Jesus vai rezar, eles no dia seguinte não o encontram, vão procurá-lo, encontram-no e Jesus os repreende que o procurem para que lhes dê de comer e não pelas palavras de vida eterna… e toda aquela história acaba aqui. Eles lhe dizem: “Dai-nos este pão”, e Jesus explica que o pão que dará é o próprio corpo e o próprio sangue.
Naquele tempo, muitos dos discípulos de Jesus, após terem ouvido disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” Jesus tinha dito que quem não comesse o seu corpo e (bebesse) o seu sangue não teria a vida eterna. Jesus, também dizia: “Se comerdes o meu corpo e (beberdes) o meu sangue, ressuscitareis no último dia”. Essas, as coisas que Jesus dizia, e “esta palavra é dura”, é muito dura. Algo aqui não está bem. Este homem foi além dos limites. E este é um momento de crise. Havia momentos de paz e momentos de crise. Jesus sabia que os discípulos murmuravam: aqui se tem a distinção entre os discípulos e os apóstolos. Os discípulos eram aqueles 72 ou mais, os apóstolos eram os Doze. “Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo.” E por isso, diante dessa crise, recorda-lhes: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. Retoma aquele ser atraídos pelo Pai: o Pai nos atrai a Jesus. E assim é como a crise se resolve.
E “a partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele”. Distanciaram-se. “Este homem é um pouco perigoso, um pouco… mas estas doutrinas… sim, é um homem bom, prega e cura, mas quando chega a essas coisas estranhas… por favor, vamos embora.” E o mesmo fazem os discípulos de Emaús, na manhã da ressurreição: “Ah, sim, uma coisa estranha: as mulheres que dizem que o sepulcro… mas aí tem coisa”, diziam eles, “vamos logo embora porque virão os soldados e nos crucificarão”. O mesmo fazem os soldados que vigiavam o sepulcro: tinham visto a verdade, mas depois preferiram vender seu segredo e “estejamos seguros”: não nos metamos nestas histórias, que são perigosas”.
Um momento de crise é um momento de escolha, é um momento que nos coloca diante das decisões que devemos tomar: todos, na vida, tivemos e teremos momentos de crise. Crises familiares, crises matrimoniais, crises sociais, crises no trabalho, tantas crises… Também esta pandemia é um momento de crise social.
Como reagir naquele momento de crise? “Naquele momento, muitos de seus discípulos voltaram atrás e não mais o seguiram”. Jesus retoma a decisão de interrogar os apóstolos: “Então, Jesus disse aos doze: “Vós também quereis ir embora?” Tomem uma decisão. E Pedro faz a segunda confissão. “Simão Pedro respondeu: ‘A quem iremos, Senhor? Tu tens palavra de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus’.” Pedro confessa, em nome dos Doze, que Jesus é o Santo de Deus, o Filho de Deus. A primeira confissão – “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” – e logo depois, quando Jesus começou a explicar a paixão que iria chegar, ele o interrompe: “Não, não, Senhor, isto não!”, e Jesus o repreende. Mas Pedro amadureceu um pouco e aqui não repreende. Não entende aquilo que Jesus diz, este “comer a carne, beber o sangue”: não entende. Mas confia no Mestre. Confia. E faz esta segunda confissão: “A quem iremos, por favor, Tu tens palavra de vida eterna”.
Isso nos ajuda, todos nós, a viver os momentos de crise. Na minha terra há um ditado que diz: “Quando tu vais a cavalo e deves atravessar um rio, por favor, não troques cavalo no meio do rio”. Nos momentos de crise, ser muito firmes na convicção da fé. Esses que foram embora, mudaram cavalo, buscaram outro mestre que não fosse tão duro, como eles diziam.

No momento de crise há a perseverança, o silêncio; permanecer onde estamos, firmes. Não é o momento de fazer mudanças. É o momento da fidelidade, da fidelidade a Deus, da fidelidade às coisas que nós assumimos antes; também, é o momento da conversão porque essa fidelidade sim, nos inspirará alguma mudança para o bem, não para distanciar-nos do bem.
Momentos de paz e momentos de crise. Nós cristãos devemos aprender a administrar ambos. Ambos. Um padre espiritual diz que o momento de crise é como passar pelo fogo para tornar-se fortes. Que o Senhor nos envie o Espírito Santo para saber resistir às tentações nos momentos de crise, para saber ser fiéis às primeiras palavras, com a esperança de depois viver momentos de paz. Pensemos em nossas crises: as crises de família, as crises do bairro, as crises no trabalho, as crises sociais do mundo, do país… tantas crises, tantas crises.
Que o Senhor nos dê a força – nos momentos de crise – de não vender a fé.
O Papa convidou aqueles que não podem comungar sacramentalmente a fazer a Comunhão espiritual com a seguinte oração:
Meu Jesus, eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós!
O Santo Padre terminou a celebração com adoração e a bênção eucarística. Antes de deixar a Capela dedicada ao Espírito Santo, foi entoada a antífona mariana “Regina caeli”, cantada no tempo pascal:
Rainha dos céus, alegrai-vos. Aleluia!
Porque Aquele que merecestes trazer em vosso seio. Aleluia!
Ressuscitou como disse. Aleluia!
Rogai por nós a Deus. Aleluia!
D./ Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria. Aleluia!
C./ Porque o Senhor ressuscitou, verdadeiramente. Aleluia!
FONTE:/www.vaticannews.va/pt/papa-francisco/missa-santa-marta/2020-05/papa-francisco-missa-santa-marta-coronavirus-governantes-povo.html 


Aspectos edificantes sobre a figura de São José que poucos conhecem

Aspectos edificantes sobre a figura de São José que poucos conhecem

 

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Mai. 20 / 06:00 am (ACI).- Neste dia 1º de maio é comemorado o Dia Mundial de Trabalho, o qual coincide com a festa de São José Operário, padroeiro dos trabalhadores e pai adotivo de nosso Senhor Jesus Cristo. A seguir, é apresentada uma lista com 8 dados que poucos conhecem a respeito de São José:
1. Não há palavras suas nas Sagradas Escrituras
Ele protegeu a Imaculada Mãe de Deus e ajudou a cuidar do Senhor do Universo! Entretanto, não há nenhuma palavra dele nos Evangelhos. Muito pelo contrário, foi um silencioso e humilde servo de Deus que desempenhou seu papel cabalmente.
2. Foi muito pouco mencionado no Novo Testamento
São José é mencionado no Evangelho de São Mateus, de São Lucas, uma vez em São João (alguém diz que Jesus é “o filho de José”) e apenas isso. Ele não é mencionado em Marcos ou no restante do Novo Testamento.
3. Sua saída da história dos Evangelhos não é explicada na Bíblia
É uma figura importante nos relatos do Nascimento do Senhor em São Mateus e São Lucas e mencionado nas passagens que relatam o momento em que Jesus se perdeu aos 12 anos e foi encontrado no templo. Mas este é o último momento que falam dele.
Maria aparece várias vezes durante o ministério de Jesus, mas José desapareceu, sem deixar rastro. Então, o que aconteceu? Várias tradições explicam esta diferença dizendo que José morreu aproximadamente quando Jesus tinha 20 anos.
4. Viúvo e idoso?
A Escritura não diz a idade de São José quando se casou com Maria ou sobre seu passado. Entretanto, por muito tempo foi representado como um homem de idade avançada, aparentemente baseado em um texto do chamado protoevangelho de São Tiago, um evangelho apócrifo que menciona que São José havia casado anteriormente, teve filhos desse casamento e ficou viúvo.
Segundo essa tradição, São José sabia que Maria tinha feito voto de virgindade e foi eleito para se casar com ela para protegê-la, de certo modo porque ele era idoso e não estaria interessado em formar uma nova família. Esta ideia foi contraposta ao longo da história por grandes santos, como Santo Agostinho.
5. É venerado aproximadamente desde o século IX
Um dos primeiros títulos que utilizaram para honrá-lo foi “nutritor Domini”, que significa “guardião do Senhor”.
6. Tem duas celebrações
A solenidade de São José é no dia 19 de março e a festa de São José Operário (Dia Internacional do Trabalho) no dia 1º de maio. Também é celebrado na Festa da Sagrada Família (30 de dezembro) e sem dúvida faz parte da história do Natal.
7. É padroeiro de várias coisas
É o padroeiro da Igreja Universal, da boa morte, das famílias, dos pais, das mulheres grávidas, dos viajantes, dos imigrantes, dos artesãos, dos engenheiros e trabalhadores. E também é padroeiro das Américas, Canadá, China, Croácia, México, Coreia, Áustria, Bélgica, Peru, Filipinas e Vietnã.
8. A ‘Josefologia’
Entre as subdisciplinas da teologia, são conhecidas a cristologia e mariologia. Mas, sabia que também existe a Josefologia?
São José foi uma figura de interesse teológico durante séculos. Entretanto, a partir do século XX algumas pessoas começaram a recolher opiniões da Igreja a respeito dele e o converteram em uma subdisciplina.
Na década de 1950, abriram três centros dedicados ao estudo de São José: na Espanha, na Itália e no Canadá.
Publicado originalmente em ChurchPOP.

Sacerdote retoma profissão de padeiro para ajudar os mais afetados pela pandemia

Sacerdote retoma profissão de padeiro para ajudar os mais afetados pela pandemia

Por Diego López Marina
 
 SAN JOSÉ, 01 Mai. 20 / 12:00 pm (ACI).- A história de um sacerdote da Costa Rica está dando a volta ao mundo desde que decidiu retomar a sua antiga profissão de padeiro, que exerceu em sua adolescência, para arrecadar fundos para ajudar os mais necessitados de sua comunidade paroquial.
Trata-se de Pe. Geison Gerardo Ortiz Marín, de 39 anos, atualmente pároco da paróquia de Santa Rosa de Lima, no distrito de Pocosol, localizado em Ciudad Quesada, ao norte da província de Alajuela, na Costa Rica.
Atualmente, é responsável por acompanhar as 47 comunidades que compõem sua paróquia, mas com a ajuda dos sacerdotes Omar Francisco Solís Villalobos e Gustavo Araya Solís.
Pe. Geison nasceu em 1981 em Ciudad Quesada e é o segundo de seis irmãos de uma família humilde.
"Deus me tirou de uma padaria onde eu fazia pão que saciava a fome dos homens, para fazer hoje um pão que dá a vida eterna", narrou o Pe. Geison, que foi ordenado sacerdote em 12 de dezembro de 2010, em uma entrevista recente com a ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.
"Acho que este é um momento especial. Deus me permitiu voltar às minhas origens. Deus me permitiu aproximar-me das necessidades de nossos irmãos. Este é um momento no qual o Senhor nos permite viver de maneira muito especial a solidariedade e a proximidade”, afirmou o sacerdote, que celebra a Eucaristia à noite.
"Sempre digo 'obrigado' ao Senhor, porque este é o pão verdadeiro que dá a vida eterna, que dá a maior riqueza e o que eu quero que nosso povo tenha, perceba, prove e sinta", afirmou sobre a Eucaristia.
Pe. Geison conta que aprendeu a profissão de padeiro aos 15 anos, por necessidade, devido às condições econômicas precárias de sua família.
"Eu tive que sair para procurar trabalho. Encontrei a oportunidade na padaria de uma família vizinha e trabalhei lá por 5 anos. Eu tive que deixar o estudo porque a situação econômica piorou e, sendo o segundo mais velho da casa, tive que assumir várias responsabilidades", afirmou.
Por outro lado, contou que em seus 5 anos de experiência como padeiro, aprendeu "tudo", desde "varrer ou lavar uma forma, até aprender confeitaria, assar pão e embalar".
“Essa experiência me aproximou da realidade de trabalho de muitas pessoas: saber o que é cumprir um horário, acordar de madrugada, ter horas extras. Em suma, é uma experiência que me enriqueceu”, assegurou o sacerdote.
Pe. Geison explica que seu chamado ao sacerdócio veio desde muito jovem. Aos três anos de idade, um dia em que seus pais discutiram e não levaram nem ele nem seus irmãos à Eucaristia, ficou muito triste. No entanto, o menino decidiu vestir uma camisa e brincar de consagrar o pão e o vinho. Também contou que nunca perdeu esta vontade de ser sacerdote ao longo de sua vida.
Aos 20 anos, depois de conversar com um padre amigo e dizer que ele também queria dedicar sua vida ao Senhor, este o encorajou e o ajudou a terminar seus estudos no ensino médio. Foi então que Geison decidiu deixar o emprego da padaria e, aos 21 anos, entrou no seminário.
“Estudei durante 7 anos no seminário e agora sou sacerdote há 10 anos. Sinto-me imensamente feliz porque Deus me chamou não apenas de uma padaria, mas desde muito antes, desde aquele dia no qual eu não pude ir à Missa, mas quis celebrar a Eucaristia”, afirmou.
Sobre a situação que a Igreja vive na Costa Rica, comenta que, há um mês, foram suspensas as Missas com a participação dos fiéis.
Em meio à quarentena ou isolamento social obrigatório, Pe. Geison começou a notar, cada vez com maior intensidade, as necessidades econômicas da paróquia e da comunidade.
"Muitas pessoas começaram a bater na porta da casa paroquial pedindo ajuda, enquanto a paróquia parou de receber ingressos das coletas e as ajudas sociais", explica.
No entanto, Pe. Geison sabia que ainda tinha em seu interior “a experiência de padaria” na qual tinha “certas facilidades” e, por isso, pensou que devia fazer “algo em vez de estar trancados esperando que isso passe”.
Então, decidiu “ligar o forno” novamente e começou a levantar fundos para manter a paróquia.


"Em poucos dias, as pessoas começaram a bater na porta pedindo comida porque estavam passando por um momento difícil, e então o Senhor colocou em meu coração que também poderíamos transformar a preparação do pão em alimento para o bem-estar daqueles que mais precisam", conta.
Atualmente, o Pe. Geison realiza seu trabalho de padaria entre 3 a 4 dias por semana. Ele usa cerca de 25 kg de farinha por jornada de trabalho para assar diferentes tipos de pães, pães recheados com queijo, cucas, tranças de abacaxi, salgadinhos e palitos de queijo. A bolsa do produto é vendida por 1500 colones (2,65 dólares aproximadamente).
“Com 1500 colones aqui compramos talvez um pacote de arroz de 2 quilos. Conseguimos ajudar até hoje cerca de 60 famílias, o que lhes deu um alívio. Muitas pessoas estão tocando a nossa porta”, conta.
Também comentou que, há alguns dias, fizeram uma campanha de arrecadação de alimentos que teve boa acolhida.
O sacerdote afirma que já conseguiram distribuir muitos alimentos “para todas estas famílias que passam necessidade. Não é muito o que fazemos, mas vamos investindo o lucro e, até hoje, todos os que tocaram a porta da casa paroquial, saíram pelo menos com um pacote de arroz, açúcar, feijão. Não saíram de mãos vazias”, acrescentou.
Em outro momento, Pe. Geison afirmou que o que mais lhe agrada em ser sacerdote, além do serviço à comunidade, “é celebrar a Eucaristia”.
“Durante todo o dia trabalho assando pão, vendendo e nas noites celebro a Eucaristia. Sempre lhe digo ao Senhor ‘obrigado’, porque este é o pão verdadeiro que dá a vida eterna, que da a maior riqueza e o desejo de que nossa gente tenha, perceba, saboreie e sinta”, acrescentou.
Ao concluir a entrevista, disse que seus irmãos sacerdotes e os leigos “receberam dons especiais” e que “esta é a oportunidade que Deus nos permite estar vivendo para nos reinventar e nos aproximar aos necessitados”.
“Convido meus irmãos sacerdotes no mundo inteiro a continuarem servindo o povo de Deus com humildade. Não buscamos nenhuma fama ou vanglória, porque o que recebemos grátis, de graça damos. Como diz a Palavra, somos apenas servos inúteis que fizemos o que tínhamos que fazer, mas que o fazemos com um toque de alegria e talento que cada um tem”, concluiu o Pe. Geison.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
 
 

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Leitores em extinção

Preguiça e excesso de informação estão mudando nossos hábitos

Apenas 8% dos brasileiros em idade produtiva são considerados plenamente capazes de entender e se expressar através da leitura e da escrita (Unsplash/ Seven Shooter)
Fernando Fabbrini*
Atenção, leitor, para a primeira frase: “o cachorro está pulando”. Segunda frase: “o cachorro está pulando de alegria porque seu dono chegou em casa trazendo um osso”. Entre esses dois cachorrinhos felizes há hoje um buraco que separa milhões de pessoas.
Pesquisas realizadas nos EUA e Europa revelam que cerca de 35% dos indivíduos na faixa de 16 a 65 anos não se dispõem a entender porque o cachorro está pulando. É preguiça; uma preguiça assustadora associada à ansiedade. Por isso, leem apenas as primeiras palavras e desistem do resto. No Brasil é assim também. E pior: além do analfabetismo histórico que alcança quase 12 milhões, apenas 8% dos brasileiros em idade produtiva são considerados plenamente capazes de entender e se expressar através da leitura e da escrita.      
Se você continuou a ler minha coluna, tudo indica que é um deles. Você pode compreender e elaborar textos de diferentes tipos – um e-mail de trabalho, uma mensagem de amor ou um simples recado num pedaço de papel. Também está apto a entender uma descrição de algum assunto explicado na sala de aula ou lido num livro. E mais: pode chegar ao fim de uma notícia de jornal ou ao término desta crônica com uma opinião formada sobre o posicionamento ou estilo do autor.
No livro Entendendo as palavras, o linguista italiano Tullio de Mauro afirma que a escrita põe em jogo a capacidade total de inteligência que fomos dotados. Quando lemos, o nosso cérebro inicia um trabalho sofisticadíssimo em centésimos de segundos. Em primeiro lugar, o cérebro identifica os estímulos visuais dos sinais gráficos – as letras – decodifica-os e estabelece relações de lógica e conectividade. Na sequência, nosso cérebro "interpreta" (reconstrói o sentido de cada palavra colocada junto à outra); "elabora" (une o sentido de cada período ao anterior) e finalmente "associa" o conteúdo geral ao contexto, baseado em nossa memória, capacidade lógica, informação e cultura geral.
Quais são as causas da preguiça que impede este belo funcionamento de nosso cérebro? Na maior parte, são subprodutos indesejáveis da era digital. O século 21 chegou acelerado e as informações que recebemos foram contaminadas pela mesma velocidade – às vezes danosa. Há um excesso de mensagens no celular; lembretes via SMS; posts no Facebook e Instagram, apelos sob todas as formas. Exageros marcam a chatice de certos grupos de Whatsapp, dos quais muita gente já se safou (sou um deles). Liga-se o telefone de manhã e ali estão dezenas de "bom-dia", imagens carinhosas de gatinhos, céus estrelados, anjos; piadinhas; frases de autoajuda, receitas de felicidade. Como pode o cérebro interpretar, elaborar, associar e reagir a essa avalanche diária de informações?
Outro motivo da preguiça mental é a falta da leitura. Falo de livros, aquela velha e boa forma linear de contar histórias, expor ideias e estimular nossa imaginação. Se no Brasil 44% das pessoas não leem nada, quantas lerão um ou mais livros num ano? Da carência de informações e de argumentos contraditórios inteligentes nascem as bobagens rasteiras que povoam as conversas desprovidas de qualquer reflexão. Os jovens, que agora só veem a vida através de seus celulares, não costumam passar do primeiro parágrafo de um livro. Por isso apenas repetem, sem checar, as asneiras que escutam por aí – e, de tabela, afundam na redação do vestibular.
Entre outras coisas, ler é aceitar ficar sozinho, imerso nas profundezas de nosso cérebro e de nosso coração. Infelizmente, nesses tempos eletrônicos, cada vez menos pessoas se dão ao direito desse prazer enriquecedor e estimulante.
Terminei minha coluna. Você, que chegou até o final, gostando ou não do que escrevi, pode se orgulhar: é um espécime em extinção.
*Fernando Fabbrini é roteirista, cronista e escritor, com quatro livros publicados. Participa de coletâneas literárias no Brasil e na Itália
FONTE: DOM TOTAL
Apenas 8% dos brasileiros em idade produtiva são considerados plenamente capazes de entender e se expressar através da leitura e da escrita

Por que maio é o Mês de Maria?

EDAÇÃO CENTRAL, 01 Mai. 20 / 08:00 am (ACI).- Durante vários séculos a Igreja Católica dedicou todo o mês de maio para honrar a Virgem Maria, Mãe de Deus. A seguir, explicamos o porquê.
A tradição surgiu na antiga Grécia. O mês de maio era dedicado a Artemisa, deusa da fecundidade. Algo semelhante ocorreu na antiga Roma, pois maio era dedicado a Flora, deusa da vegetação. Naquela época, celebravam os ‘ludi florals’ (jogos florais) no fim do mês de abril e pediam sua intercessão.
Na época medieval abundaram costumes similares, tudo centrado na chegada do bom clima e o afastamento do inverno. O dia 1º de maio era considerado como o apogeu da primavera.
Durante este período, antes do século XII, entrou em vigor a tradição de Tricesimum ou “A devoção de trinta dias à Maria”. Estas celebrações aconteciam do dia 15 de agosto a 14 de setembro e ainda são comemoradas em alguns lugares.
A ideia de um mês dedicado especificamente a Maria remonta aos tempos barrocos – século XVII. Apesar de nem sempre ter sido celebrado em maio, o mês de Maria incluía trinta exercícios espirituais diários em homenagem à Mãe de Deus.
Foi nesta época que o mês de maio e de Maria combinaram, fazendo com que esta celebração conte com devoções especiais organizadas cada dia durante todo o mês. Este costume durou, sobretudo, durante o século XIX e é praticado até hoje.
As formas nas quais Maria é honrada em maio são tão variadas como as pessoas que a honram.
As paróquias costumam rezar no mês de maio uma oração diária do Terço e muitas preparam um altar especial com um quadro ou uma imagem de Maria. Além disso, trata-se de uma grande tradição a coroação de Nossa Senhora, um costume conhecido como Coroação de Maio.
Normalmente, a coroa é feita de lindas flores que representam a beleza e a virtude de Maria e também lembra que os fiéis devem se esforçar para imitar suas virtudes. Em algumas regiões, esta coroação acontece em uma grande celebração e, em geral, fora da Missa.
Entretanto, os altares e coroações neste mês não são apenas atividades “da paróquia”. Mas, o mesmo pode e deve ser feito nos lares, com o objetivo de participar mais plenamente na vida da Igreja.
Deve-se separar um lugar especial para Maria, não por ser uma tradição comemorada há muitos anos na Igreja ou pelas graças especiais que se pode alcançar, mas porque Maria é nossa Mãe, mãe de todo o mundo e porque se preocupa com todos nós, intercedendo inclusive nos assuntos menores.
Por isso, merece um mês inteiro para homenageá-la.
FONTE: ACIDIGITAL

Hoje começamos maio, mês dedicado a Maria

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Mai. 20 / 07:00 am (ACI).- Maio é o mês que a Igreja Universal dedica à Mãe de Deus, a Bem-aventurada Virgem Maria. Este tempo é uma oportunidade para renovar o amor de todos os batizados pela Mulher que Deus, da eternidade, escolheu para dar à luz cuidar Dele.
A Santíssima Virgem Maria é para sempre a Rainha do Céu e da Terra, não há santidade sem Maria porque toda Ela leva a Cristo.
Maria, a mais humilde entre as mulheres, é precisamente o modelo de toda mulher, como assinalou o Papa Francisco em abril de 2014, em uma mensagem a mais de 20 mil jovens reunidos em Buenos Aires, Argentina.
“Para vós existe um único modelo: Maria, a mulher da fidelidade, aquela que não entendia o que acontecia, mas obedecia. Aquela que, quando soube do que a sua prima precisava, foi depressa ter com ela; a Virgem da Prontidão!”.
O Papa assinalou ainda que Maria é “aquela que fugiu como refugiada para um país estrangeiro a fim de salvar a vida do seu Filho. Aquela que ajudou o seu Filho a crescer, que o acompanhou e, quando o seu Filho começou a pregar, seguiu-o. Aquela que padeceu tudo o que acontecia com o Menino, com o Jovem. Aquela que permaneceu ao lado do seu Filho, e lhe indicava os problemas que surgiam: 'Olha, não têm vinho!'. Aquela que, no momento da Cruz, estava com Ele”.
FONTE: ACIDIGITAL

Hoje é a festa de São José Operário, padroeiro dos trabalhadores

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Mai. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 1º de maio, a Igreja celebra a festa de São José Operário, padroeiro dos trabalhadores, coincidindo com o Dia Mundial do Trabalho. Esta celebração litúrgica foi instituída em 1955 pelo Papa Pio XII, diante de um grupo de trabalhadores reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Naquela ocasião, o Santo Padre pediu que “o humilde operário de Nazaré, além de encarnar diante de Deus e da Igreja a dignidade do trabalho manual, seja também o providente guardião de vocês e suas famílias”.
Pio XII desejou que o Santo Custódio da Sagrada Família “seja para todos os trabalhadores do mundo, especial protetor diante de Deus e escudo para proteger e defender nas penalidades e nos riscos de trabalho”.
Por sua vez, João Paulo II, em sua encíclica “Laborem Exercens”, sublinhou que, “mediante o trabalho, o homem não somente transforma a natureza, adaptando-a às suas próprias necessidades, mas também se realiza a si mesmo como homem e até, num certo sentido, ‘se torna mais homem’”.

Mais tarde, no Jubileu dos Trabalhadores, em 2000, o Papa da família disse: “Queridos trabalhadores, empresários, cooperadores, homens da economia: uni os vossos braços, as vossas mentes e os vossos corações a fim de contribuir para a construção de uma sociedade que respeite o homem e o seu trabalho”.
“O homem vale pelo que é e não pelo que possui. Tudo o que se realiza ao serviço de uma justiça maior, de uma fraternidade mais ampla e de uma ordem mais humana nas relações sociais conta muito mais do que qualquer progresso no âmbito técnico”, acrescentou.
Oração a São José Operário
Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados;
De trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações;
De trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus;
De trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades;
De trabalhar, sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus!
Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, oh! Patriarca São José!
Tal será a minha divisa na vida e na morte. Amém.

Fonte: ACIDIGITAL

MISSA COMUNIDADES

  CRONOGRAMA MAIO 07/05 MISSA AS 9h VILA ELIETE 07/05 MISSA AS 10h VILA SANTANA 08/05 MISSA AS 16h ALTO BRASIL 11/05 MISSA AS 16h VILA DO IN...